Escolher o time de indicadores técnicos que irão embasar sua tomada de decisão no mercado financeiro é uma das primeiras atividades que qualquer Trader predominantemente grafista deverá fazer. Sem escolher previamente os indicadores técnicos que irão compor seu arsenal, impossibilita o Trader desenvolver um sistema operacional, conhecido também como Trade System (conjunto de regras claras e objetivas que irão definir a entrada, saída e o stop de cada operação), e como em um efeito dominó, sem desenvolver uma regra clara e objetiva da validação da entrada, saída (realização do lucro) e como proteger a operação (stop), impedirá também que o operador de mercado tenha um bom gerenciamento de risco.

Note como as principais estruturas de um operador financeiro profissional (gerenciamento de risco e trade system), inicia-se na escolha dos indicadores.

Se você nunca escutou falar sobre análise técnica, análise gráfica, estratégia de operação, não se preocupe, conheça o curso https://bolsasemsegredos.com.br/, lá você irá aprender do básico ao avançado, e como se tornar em um operador de mercado financeiro consistente. Vale muito a pena, uma vez que em uma única operação você poderá pagar o conteúdo. Realizar operações em um mercado altamente predatório com as melhores mentes do mundo atuando sem estratégia e conhecimento em poucas operações você poderá ter prejuízos financeiros colocando em risco sua saúde financeira, mental e até mesmo física em risco.

Da mesma maneira que evidenciamos a importância da escolha dos indicadores técnicos para fundamentar uma tomada de decisão de compra ou venda, é muito comum observar nos operadores iniciantes, a busca do indicador perfeito, assim, muitas empresas  e corretoras se beneficiam com isso, a quantidade de pesquisa relacionada ao tema “descubra quais os melhores indicadores para day trade, melhores indicadores de trading, as melhores ferramentas da análise técnica…” é vasta. A verdade é, …, não existe o melhor indicador, a pergunta correta a ser feita é, qual ativo irei operar? Esse ativo é volátil, ou não? É uma commodity? É sazonal? Qual o tempo gráfico que irei operar? Após entender as características do ativo que irá atuar, torna-se possível definir que tipo de indicador se adequa melhor a um determinado ativo. Seria a mesma coisa dizer, o que é melhor, álcool, gasolina ou diesel? Percebem que precisamos responder outras questões para responder à pergunta primária, como: preço dos combustíveis, fator ecológico, tecnologia do veículo, etc…

A maioria dos materiais que você encontra na internet ensinam como plotar e utilizar um determinado indicador, porém, poucos vão lhe dizer que cada dia o mercado se comporta de modo diferente. Logo, torna-se muito comum o iniciante plotar inúmeros indicadores no gráfico para monitorar múltiplos cenários como: consolidação (acumulação / distribuição), tendência, absorção e correção (pull back), por exemplo. Assim, chegamos ao ponto chave desse artigo, como resolver a questão dos conflitos entre os indicadores e como combina-los de maneira inteligente? De forma breve vamos entender primeiramente quais são os principais tipos de indicadores existentes e suas principais características.

Classificação dos indicadores técnicos

Rastreadores de tendência: Médias móveis, Banda de Bollinger, Envelope, Ichimoku, SAR Parabólico.

Principais características: Avalia O PREÇO em um PERÍODO definido, com o objetivo de informar a direção de um ativo em dois cenários distintos, são eles: mercado altista, ou mercado baixista.

Osciladores: Momentum, Estocástico, IRF (indicador de força relativa), Bulls / Bears Power (Força-Pressão Compradora ou Vendedora).

Principais características: Ajuda a identificar o ponto de inflexão, ou seja, reversão de uma tendência ou correção do preço, conhecido também como pull back. Funcionam melhor em mercado lateral (consolidação).

Foleo Dicas: Inclua um indicador baseado na característica do ativo como: volatilidade, sazonalidade, liquidez, tipo de marcado, atrelado ao seu objetivo, longo, médio ou curto prazo. Desta forma, selecionará com melhor qualidade e critério um determinado indicador. Exemplo: um ativo sem volatilidade, ficando a maior parte do seu tempo em consolidação (mercado lateral), torna-se interessante aplicar um oscilador para detectar pontos de inflexões, entrando comprado no suporte quando o oscilador (estocástico ou IRF – Índice de Força Relativa – por exemplo), estiver sobre vendido, e vender na resistência quando o oscilador estiver sobre comprado. Observe o exemplo a seguir.

Figura 1 – Indicador Estocástico em Mercado Lateral.

Podemos observar na próxima imagem, um setup operacional muito comum, que se dá entre a combinação de um rastreador de tendência (média móvel) com um oscilador (estocástico).

Ao lado podemos notar dois indicadores clássicos da análise técnica gerando sinais conflitantes.

Enquanto a média móvel sinaliza tendência de baixa, o oscilador estocástico mostra uma possível reversão gerando oportunidade de compra.

Figura 2 – Conflito de sinal entre média móvel e oscilador estocástico.

Veremos a seguir como minimizar os conflitos entre indicadores e como combina-los de maneira inteligente.

 

CERTIFICAR OS PARÂMETROS E ENTENDENDO ANTES DE PLOTAR NO GRÁFICO

Certifique os Parâmetros

É comum o trader mudar o tempo gráfico para observar o cenário macro ou micro em um tempo gráfico maior ou menor utilizando os mesmos indicadores. A relação dos parâmetros com os tempos gráficos é direta, para exemplificar, observe a próxima imagem.

Figura 3 – Média Móvel Gráfico intraday 10 minutos e gráfico diário.

Observem que no mesmo ativo (DOL), utilizando-se o mesmo indicador (média móvel de 20 períodos), temos 2 tendências diferentes, somente ao mudar o tempo gráfico.

  • Tendência de baixa no gráfico intradiários de 10 minutos, ao observar a maioria dos candles abaixo da média móvel formando topos e fundos descendentes.
  • Tendência de alta no gráfico diário (Daily) ao notar a predominância de candles acima da média móvel formando topos e fundos ascendentes.

Figura 4 – Parâmetro do indicador média móvel simples 20 períodos.

Isso ocorre, pois, no gráfico intradiário (10 minutos) a plataforma precisa de 200 minutos passados para plotar os dados ou atualizar a média móvel, ou seja, 20 candle x 10 minutos. Já no gráfico diário a plataforma necessita de 11.400 minutos, 20 candle x 570 minutos:

Horário de fechamento do ativo: 18:30

Horário de abertura do ativo: 9:00

Um pregão = uma vela no gráfico diário = 18h30min – 9h = 9 horas e 30 minutos = 570 minutos

Logo, podemos concluir que quanto maior o período, ou maior o tempo gráfico, diluímos as discrepâncias, reduzindo-se os ruídos de mercado (sinais falsos), porém, quanto menor o tempo gráfico aumentamos as chances de operar contra a tendência em uma possível correção de mercado. Note no exemplo acima a importância de atribuir um parâmetro a cada tempo gráfico para que haja harmonia entre os indicadores e também na leitura do operador.

Foleo Dicas: Crie templates para cada tempo gráfico, isso permitirá que você não altere constantemente os parâmetros do indicador, ou, esqueça de reparametrizar os dados, podendo realizar uma possível decisão incorreta.

Entenda antes de usar

De forma geral, os rastreadores de tendência, analisam dados passados para estimar uma projeção futura. Logo, ao estudar o histórico de um determinado ativo, os indicadores parecem se conversar em perfeita harmonia, dando-lhe a sensação que você descobriu “a galinha dos ovos de ouro”, ou a fórmula mágica do sucesso financeiro. Porém, ao executar determinada estratégia no pregão ao vivo, o trader poderá vivenciar certa frustação ao ter prejuízos financeiros culpando determinado indicador, fazendo-o trocar para outro tipo de rastreador de tendência, e mesmo assim continuar obtendo prejuízos.

Vamos revelar porque isso acontece…

Ao inserir uma média móvel, por exemplo, temos a sensação que a linha plotada é imutável, por ser uma linha contínua e sem interrupções. Quem já utilizou um rastreador de tendência personalizado como Supertrend ou Karacatica, pode ter observado o indicador dando sinal de entrada somente depois que o ativo movimentou consideravelmente em uma determinada direção, sendo comum também o sinal sumir! Neste caso esse rastreador de tendência não plota uma linha contínua, e assim, podemos concluir que a linha aparentemente segura e imutável da média móvel pode estar sendo projetada para cima sinalizando uma compra no instante de tempo x, e no instante de tempo y, a mesma linha que estava inclinada para cima pode inclinar-se para baixo sinalizando uma venda!

Na imagem ao lado o indicador de tendência Karacatica sinalizou a compra em 3733,4, porém, o sinal foi plotado somente quando o preço estava a 3740, evidenciando-se assim, como os rastreadores de tendência necessitam de dados passados para projetar uma possível previsão futura.

Figura 5 – Sinal de compra do rastreador de tendência Karacatica.

Para exemplificar melhor, imagine que você utilize um indicador de tendência onde foi parametrizado para analisar os últimos cincos dados (últimas 5 velas). Considerando que você definiu previamente onde caso a média esteja acima de cinco você irá comprar, e estando abaixo de cinco irá vender.

Observe na próxima ilustração, que no instante 1 a média da análise do indicador foi 5. Ou seja, neste momento você não fará nada.

Instante 1

Figura 6 – Média no instante 1.

Sabemos que a parametrização da média é de cinco períodos, logo, o programa excluir o último dado, contabilizando o novo valor, revelando-se assim, uma nova média.

Instante 2

Figura 7 – Média no instante 2.

No instante 2, o terminal de operações atualiza os dados a partir das informações recebidas por sua corretora, formando-se um novo candle. Vimos acima como ocorre essa atualização. Note que no instante 2, a média será plotada com uma inclinação decrescente, e estando abaixo de cinco, neste momento sua estratégia é atuar vendido. O algoritmo simplesmente eliminou o último número (7) e incluiu o número 3, para compor uma nova média, gerando-se assim um ponto cartesiano onde no eixo x temos o fator tempo, e no eixo y a variante preço.

Instante 3

Figura 8 – Média no instante 3.

Observe que a função do algoritmo é eliminar o último valor e inserir o dado atualizado para compor uma nova média, neste caso (instante 3), excluindo o valor 6 e inserindo o valor 9, gerando-se uma nova média. Note que nesse instante a média foi maior que cinco, logo, a linha que estava inclinada para baixo, começa a inclinar para cima, sinalizando compra. Importante salientar que nos instantes 4, 5 e 6 o valor da média pode ser alterado contra sua posição caso você já tenha se posicionado. Assim, concluímos que uma linha já plotada, pode mudar seu direcional! É nesse momento que entra os osciladores. O problema não está na atualização de dados, ou nos indicadores, e sim, na ausência de uma estratégia objetiva e bem definida. A lição aprendida neste tópico, mostra que não importa como você opere, existem milhares de indicadores e estratégias operacionais, porém, há múltiplos perfis de investidores, você conhece o seu? Qual estratégia e quais indicadores adéquam-se ao se perfil? Adéquam-se ao seu bolso? Adéquam-se ao seu psicológico? Vamos detalhar essas questões nas próximas dicas, fique ligado!

Veja como estruturar uma estratégia de operação que se encaixa em seu perfil, facilita e agiliza a tomada de decisão, fundamental principalmente nas operações Day Trade, não é à toa que as grandes instituições utilizam robôs, justamente para retirar o fator psicológico, emocional, agilizando o processo da tomada de decisão, podemos citar por exemplo os HFT (High Frequency Trading – algoritmos que operam em alta frequência).

Antes de falar da combinação entre osciladores e rastreadores de tendência, veja na ilustração abaixo que os indicadores de tendência já possuem opções para minimizar as discrepâncias entre os dados analisados, podendo dar um maior peso para o preço de fechamento ou maior peso para os dados mais recentes (média móvel exponencial).

Figura 9 – Parâmetros Média Móvel e Bandas de Bollinger

Foleo Dicas: Faça backtest, utilize sua estratégia no pregão ao vivo em uma conta demonstração pelo menos durante 21 pregões. Execute fielmente o que foi predefinido, isso é fundamental, pois como é possível medir, aprimorar algo que está sendo executado de maneira diferente a cada momento?

Figura 10 – Diagrama PDCA Melhoria Contínua – Planejar, Executar, Checar e Agir.

DEFINA O MACRO E EXECUTE NO MICRO

Escolha o tempo gráfico que você mais gosta de operar, nomearemos de tela intermediária. Multiplique o tempo gráfico da tela intermediária por cinco (sugestão) para encontrar sua tela de longo prazo; agora divida o tempo gráfico da tela intermediária por 5 para obtermos a tela de curto prazo. Não se preocupe caso o tempo gráfico após a divisão ou multiplicação não existir na sua plataforma de operação, para isso arredonde para o tempo gráfico mais próximo, no exemplo abaixo veja que na tela intermediária Day Trade de 5 minutos, ao multiplicarmos por 5 obteríamos 25 minutos para a tela de longo prazo, porém, nas plataformas automáticas esse tempo gráfico costuma não aparecer, logo, a escala temporal mais próxima apresentada padrão é 30 minutos.

Podemos obter algumas variantes parecidas como apresentada a seguir:

Curto Prazo Intermediária Longo Prazo
Day Trade 1 min 5 min 30 min
5 min 10 min 1 h
Swing Trade Horário Diário Semanal
Position Diário Semanal Mensal

 

  • Tela Longo Prazo: Decisões estratégicas. Opere a favor da tendência do gráfico de maior tempo, caso utilize uma média móvel é recomendável que de preferência a MME (média móvel exponencial), assim, o algoritmo dá maior peso para os dados mais recentes, reduzindo o ruído de mercado.

 

  • Tela Intermediária: Decisões táticas sobre regiões de entrada e saída. Utilize um oscilador para buscar oportunidades para operar na direção da tendência da tela de longo prazo. Exemplo, se você é um operador Swing Trader, e observar a média móvel exponencial da tela de longo prazo inclinada para cima apontando oportunidade na compra, aguarde que o oscilador da tela intermediária esteja sobre vendido, isso evitará que você compre no topo, dando-lhe a oportunidade de abrir uma posição comprada em um possível fundo baseado na tendência de alta do gráfico de longo prazo, essa estratégia tem por objetivo potencializar seu investimento e reduz o seu risco, uma vez que terá um stop de proteção curto, e uma projeção de alvo longa. Caso a tendência no gráfico maior for de baixa, ou seja, MME inclinada para baixo, aguarde que o oscilador da tela intermediária fique sobre comprado, para assim, vender um possível topo.

 

  • Tela Curto Prazo: Utilize-a como validação, confirmação, se você conhece padrões de candlestick pode ser uma boa ideia, caso não conheça acesse gratuitamente o material no link (https://materiais.foleo.com.br/candlestick-o-guia-essencial), utilizar velas como martelo, piercing line, engolfo por exemplo, são boas opções para a validação de uma entrada. Utilize essa tela como ajuste fino se você já definiu as regiões de entrada, stop loss e stop gain utilize essa tela para apregoar ordens gatilhos, desta maneira você também reduz o spread ou

Resumo:

Longo Prazo Intermediária Curto Prazo
Direção Defina pontos estratégicos de entrada e saída. Gatilhos, ajuste fino e confirmação

Exemplo Prático:

Observe que desta maneira você aproveita as melhores funções de cada indicador no seu respectivo tempo gráfico. Tendência em tempos gráficos maiores e oscilador para captar ponto de inflexão no gráfico intermediário.

Essa estratégia foi definida pelo professor e operador de mercado, Alexander Elder que deu o nome de Sistema Triple Screen com o objetivo de sanar as contradições entre indicadores em escalas temporais.