Você ouviu falar de investimentos de renda fixa e variável, se interessou pelos possíveis ganhos, mas tem medo de investir? Quer ser um investidor de sucesso, mas não conhece outras aplicações além da poupança e não sabe nem como funciona a Bolsa de Valores?
Não se preocupe! Esse assunto parece um pouco complicado à primeira vista, mas, com um pouco de paciência e dedicação, você vai ver que é muito mais fácil do que imagina. Por esse motivo, preparamos este post para ajudá-lo a entender um pouco mais sobre o funcionamento do mercado de capitais. Vamos conferir?
O que é a Bolsa de Valores?
A Bolsa de Valores é o local de negociação de valores mobiliários, como opções, commodities, contratos futuros etc., e de ações de sociedades de capital aberto — que podem ser de empresas públicas e privadas.
Essa definição é um pouco mais técnica, mas, por ora, você só precisa entender que nas bolsas se negociam papéis que podem trazer ganhos para os seus investimentos.
No Brasil, essas transações são realizadas na BM&FBovespa — que é a Bolsa de Valores brasileira. Entretanto, cada país tem a sua própria bolsa, por exemplo: a NYSE e a NASDAQ são as dos Estados Unidos, a Tokyo Stock Exchange é a do Japão etc.
Como funciona?
Para que você possa entender mais facilmente como é o funcionamento da Bolsa de Valores, vamos dar um exemplo. Suponha que a empresa XYZ precise de capital para financiar um projeto de expansão das suas atividades.
Como as taxas de juros dos financiamentos bancários são muito elevadas, os gestores decidem recorrer ao mercado de capitais — que engloba as bolsas de valores, as sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas.
Com isso, a empresa XYZ passa por um processo de abertura de capital, ou seja, os seus gestores disponibilizam parcelas de participação na companhia — que são as ações — em troca de dinheiro. Por outro lado, o investidor que compra esses papéis se torna sócio da XYZ e começa a ter alguns direitos, que variam de acordo com o tipo de ação adquirida.
Quando esse processo acontece, dizemos que a empresa fez uma IPO — Initial Public Offering ou, em português, “Oferta Pública Inicial” — e ele ocorre no mercado primário.
Depois de compradas todas as ações disponibilizadas na IPO, esses papéis poderão ser transacionados somente no mercado secundário — que é onde os investidores negociam ações já lançadas anteriormente. Nesse caso, os valores envolvidos nessas transações não serão utilizados para financiar a expansão da empresa XYZ, ou seja, ocorre apenas a transferência de um acionista para outro.
Agora que você já entendeu como funciona a Bolsa de Valores, vamos avançar mais um pouco. Para isso, a seguir falaremos sobre os principais índices.
O que são os índices?
São um dos elementos mais importantes das bolsas de valores e servem como referência para que você possa comparar os resultados dos seus investimentos.
Cada índice tem sua própria metodologia e seu desempenho reflete a dinâmica do mercado, ou seja, quando cai, significa que o mercado apresenta tendência de queda e vice-versa.
Os índices mais populares no Brasil são os seguintes:
- Ibovespa: mede o desempenho geral da Bolsa de Valores;
- IBrX 100: avalia o retorno de uma carteira formada por cem ações negociadas na bolsa;
- IBrX 50: é semelhante ao anterior e mede o retorno dos 50 ativos mais negociados na BM&FBovespa;
- IBrA: indica o desempenho de todas as empresas negociadas na bolsa.
Além desses, existem outros índices que você pode acompanhar de acordo com a sua carteira de investimentos. Por exemplo, se você tem muitas ações do setor energético, vale a pena monitorar o Índice de Energia Elétrica (IEE); já se seus investimentos são majoritariamente do setor industrial, você pode ficar de olho no Índice do Setor Industrial (INDX).
Depois de entender tudo isso, você deve querer saber como pode começar a investir na Bolsa, certo? Fique tranquilo, esse é o assunto que vamos tratar a seguir.
Como investir?
Vamos apresentar um passo a passo para que você possa entender que investir na Bolsa de Valores não é tão complexo como parece à primeira vista. Acompanhe!
Abra uma conta em uma corretora ou banco
Esse é o primeiro passo que você deve dar para começar a investir nessa modalidade. Essa etapa é essencial, já que o dinheiro só fica disponível na corretora se for transferido por uma conta bancária de mesmo CPF.
Transfira dinheiro para a conta
Depois que você já tiver feito a abertura da conta, chegou a hora de fazer a transferência de dinheiro. Você pode fazer um DOC ou TED e os valores estarão disponíveis na corretora de acordo com o prazo necessário para a conclusão de cada solicitação.
Comece a investir
Com o dinheiro na conta, chegou o momento de você começar a investir. Mas é importante ter calma, afinal, você não quer ter prejuízos, certo? Primeiramente, se familiarize com o Home Broker — que é a plataforma de compra e venda de ativos —, entenda seu funcionamento, estude bastante e, quando se sentir confiante, escolha as melhores opções de acordo com o seu perfil.
Mas, atenção! Existem alguns custos com as transações que você deve conhecer para evitar qualquer surpresa desagradável. Vamos conhecê-los?
Quais são os custos envolvidos?
Existem basicamente dois custos que você deve conhecer:
- corretagem: que é o custo associado à compra e venda de ações. Pode ser fixa — quando você paga um valor fixo independentemente do valor das transações — ou variável — que você paga de acordo com o valor total da transação;
- taxa de custódia: é o total cobrado todos os meses para que a corretora “guarde” as suas ações. Esse valor não é muito elevado e varia entre R$ 5,00 e R$ 10,00.
Além desses custos, você também deve se atentar à tributação que incide sobre seus investimentos na Bolsa de Valores. O valor do Imposto de Renda cobrado é de 15% em cima do ganho do capital de ações. Vale a pena pesquisar com a sua corretora esses custos, pois muitas delas oferecem serviços que fazem os cálculos do valor do imposto que deve ser pago.
Quem pode auxiliar?
Se, mesmo depois dessas informações, você ainda não se sente seguro para começar a investir na BM&FBovespa, não se preocupe, pois você pode contar com o auxílio de profissionais especializados para recomendar as melhores opções de investimento para o seu perfil. O importante é contratar uma empresa de confiança e que tenha credibilidade no mercado.
Como você pode perceber, investir na Bolsa de Valores não é complicado. Só exige cautela, paciência e bastante estudo para que você possa tomar as melhores decisões com o seu dinheiro. Além disso, é importante ter em mente que os investimentos em renda variável envolvem riscos que, se forem mal gerenciados, podem resultar em perda de capital, e que resultados do passado não apresentam garantia de resultados futuros.
E aí, gostou deste post? Entendeu todos os aspectos relevantes sobre como funciona a Bolsa de Valores? Se você quer saber como investir nessa e em outras modalidades, acesse nosso artigo que apresenta um passo a passo sobre como começar a realizar investimentos e seja um investidor de sucesso. Até a próxima!